quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Resenha: Corrente do Bem



É tentadora a proposta de que podemos mudar o mundo (para melhor) com pequenas ações em pouco tempo. Mas, mesmo que fosse simples e rápido: será que nos arriscaríamos a tentar?

É simples, é fácil, é possível. Porém, torna-se quase impossível na prática, porque precisa que todos acreditem que, por mais utópico que isto pareça ser, é real e concreto. Podemos mudar o mundo sim! Já mudamos muitas vezes, se analisarmos a história da humanidade.
“Mudar para melhor é utópico?”... Pode ser. Essa pergunta é respondida com outra: “O que é melhor?”.

O filme “Corrente do Bem” nos abre os olhos quanto às nossas ações do dia-a-dia. “O que fazemos para mudar o mundo? Passamos para frente a corrente do bem?”.
É apresentada a teoria de que se ajudarmos três pessoas com respectivos três favores nas quais as mesmas não conseguissem fazer por si só, criaríamos uma progressão geométrica (corrente) e através desta as boas ações se espalhariam pelo mundo todo. Matematicamente falando, isto não impediria que você fosse contemplado duas ou mais vezes dentro deste sistema benéfico. Baseado nisso, deduzimos que contemplaríamos um mundo de generosidades.

Entendo que a corrente do bem não é nada mais do que um princípio bíblico: devemos amar e respeitar o próximo e se a recíproca existir, teremos um mundo melhor. Desejar as melhores coisas, as mais grandiosas conquistas e ajuda-lo a realizar seus sonhos, trará uma imensa gratidão do mesmo que também procurará (se de boa vontade) fazer o mesmo por você.

Hoje, vivenciamos um mundo onde a grande maioria pertence ao grupo dos “sem vontades”. Há, ainda, aqueles que acreditam que o próximo é seu concorrente, nos negócios e no amor. Se vivermos competindo observaremos um mundo em desarmonia, um mundo de vencedores e perdedores. “Ao vencedor, as batatas” – Quincas Borba, Machado de Assis.

É preciso uma profunda reflexão para compreender quão humanitário nós somos e é preciso muitas linhas para escrever críticas da atual sociedade. Mas, quanto é preciso para melhorarmos o mundo? Um sorriso, um elogio, um carinho, um abraço, quando verdadeiros e motivados pela compaixão, podem trazer felicidade ao próximo. É muito mais fácil melhorar o mundo do que escrever como podemos melhorá-lo. Basta agirmos em prol da generosidade. Quanto generosos devemos ser? O bastante para proporcionar um momento feliz.

“Felicidade são os pequenos momentos que a vida nos oferece. Exemplos: Olhar uma árvore, acariciar o cachorro, sentir o cheiro do café que está sendo feito, conversar com um amigo. A vida produz momentos de alegria, de sofrimentos, de vitórias e de perdas. A felicidade não é um local aonde chegaremos, é uma maneira de viajar.

Felicidade é uma questão de atitude, simplesmente você decide que é feliz e tudo que fizer só vai colaborar para isso, as pessoas ao seu redor percebem e se sentem atraídas pelo seu bom astral, é como se você tivesse uma aura brilhando sobre você. Sou feliz com certeza e que bom que você também.
Felicidades!!!!”
– Nenê e Renatus, Une accolade.

Não espere para ser feliz e muito menos para cooperar para um mundo melhor. A moral desta história é: ser verdadeiramente feliz contribui para que você proporcione a felicidade a quem te cerca todos os dias. É também ser generoso o suficiente para saber que é teu dever compartilhar seus momentos felizes. Um sorriso é suficientemente poderoso para mudar o mundo para melhor. Tente! Arrisque-se!

Rodrigo Ferri Pontes